Casa DoChef
Reforma / Uso comercial / Interiores
Vista Rua Ouro Preto | Vista Rua Ouro Preto | Vista Rua Ouro Preto |
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Área frontal | Área frontal | Área frontal |
Salão interno | Corredor Lateral | Corredor Lateral |
Corredor Lateral | Acesso aos Banheiros | Acesso aos Banheiros |
Acesso aos Banheiros | Acesso aos Banheiros | Acesso aos Banheiros |
Ficha Técnica:
Belo Horizonte – MG, 2023
Coordenador: André Pinto
Pintura Artística: Dias Studio
Tratamento Acústico: Menos Barulho
Consultoria Estrutural: Tectum
Fotos: Marco Messi
Design Gráfico: Vinícius Andrade
Tipologia: Reforma / Uso Comercial
Cliente: DoChef Espetos e Cervejas
A Casa do Chef, berço da música boa.
O ponto de encontro deve ser a casa fora de casa, e a sensação de morada acontece quando certas características do ambiente construído acariciam a memória. Sentimo-nos à vontade por razões subjetivas que a arquitetura está começando a compreender, ou começando a querer compreender.
O projeto da Casa do Chef nasce do ímpeto de empreendedores que já ofereciam uma experiência memorável aos clientes, mas ainda não tinham essa experiência traduzida em espaço de forma consciente. Quando escolheram o ponto para receber a terceira unidade do Chef – Espetos e Cervejas, o desejo era de criar uma identidade arquitetônica que irradiasse para as demais unidades da empresa uma autenticidade encontrada nos quintais e rodas de samba e pagode espalhados pelo Brasil.
O imóvel é uma casa dos anos 1950 adaptada ao uso comercial numa rua sem saída do tradicional bairro de Santo Agostinho na capital mineira. Já havia abrigado diversas atividades que a descaracterizaram, por isso optamos por subverter sua percepção no tratamento volumétrico, tornando-a única no entorno imediato. Para isso usamos uma empena em lona vinílica perfurada que usa a estratégia da camuflagem disruptiva para subverter seu prisma superior e superfícies em pintura preta para criar alto contraste.
O apelo à memória dos usuários fica por conta de materiais que remetem às casas simples de décadas passadas: piso em cacos de cerâmica, paredes em lambe-lambe e tijolinho descascado, samambaias penduradas. Muitos destes materiais inclusive reaproveitados do próprio imóvel, como os tacos de peroba e as pedras almofadadas. Fragmentos de outrora que evocam uma lembrança sutil, um lampejo fugaz de morada que acontece entre um drink e um petisco, entre um partido alto e um pagode anos 90. Música e casa.